quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Exu e Ogum no terreiro de samba: um estudo sobre a religiosidade da escola de samba Vai-Vai por Claudia Alexandre

A pesquisa para o meu Mestrado teve como título "Exu e Ogum no terreiro de samba: um estudo sobre a religiosidade da Escola de Samba Vai-Vai" e foi mais um passo para defender minha hipótese no estudo das religiões afro-brasileiras e africanidades culturais, que é: a impossibilidade de apagamento da memória ancestral das manifestações culturais de matriz africana, por que estas resistem, em um processo histórico-cultural adverso, elaborando diferentes formas de permanência, incluindo em suas práticas elementos e símbolos que mantém similitudes com as formas do sagrado. O trabalho realizado entre 2016 e 2017 finalizou após observar como modelo a relação que a Escola de Samba Vai-Vai mantém com a religião afro-brasileira, incluindo em sua rotina carnavalesca rituais de candomblé, sob o comando de um balaorixá (pai-de-santo, Francisco D'Oxum), contratado em 2004. São 166 páginas, que retratam os rituais profanos e rituais sagrados da escola. A defesa da dissertação ocorreu em 22 de novembro de 2017, tendo como examinadores os professores Doutores Enio Costa Brito (PUC-SP) e Vagner Gonçalves da Silvas (USP), além do suplente professor Dr. Antonio César Rodrigues (Cubatão) e meu orientador Edin Sued Abumanssur (PUC-SP). Por unanimidade a pesquisa foi acolhida na academia com a nota 10! Enfim, Mestra em Ciência da Religião. Segue na íntegra das minhas Considerações Finais: Na fase final deste trabalho, durante a seleção das fotos e imagens para compor o estudo, fiquei surpresa ao ter acesso à imagem aérea da Rua São Vicente, no Bexiga: as ruas se cruzam e formam o desenho de um tridente, bem diante do terreiro de samba. Seria Exu confirmando seu domínio sob aquele território negro? Recorri aos depoimentos e percebi que havia uma associação com o que está no imaginário do grupo, que confirma que o dono daquele lugar é o orixá Exu, aquele que exige precedência, o controverso, de múltiplos e contraditórios aspectos, o guardião dos templos, das casas, das cidades e das pessoas. É ele o intermediário entre os homens e todos os orixás. EnquantoExu é a comunicação, o irmão inseparável Ogum é o caminho. E esse estudo sem a permissão deles só encontraria o silêncio. Aos poucos foram revelando informações sobre este continuumque coloca as práticas de Candomblé dentro de uma escola de samba. Foi preciso compartilhar dessa visão de mundo, desde dentro,para superar os desafios que foram surgindo no decorrer do trabalho. Percebi que muitas são as questões que problematizam este tipo de pesquisa, o que exigiu um grande esforço no momento de selecionar as questões centrais. Não foi nada fácil atravessar esta encruzilha. Dada a falta de estudos sobre este tema específico, além da complexidade sobre a relação das religiões afro-brasileiras com as escolas de samba, esta pesquisa tem desde o início a intenção de inserir novos discursos, neste campo tão vasto para futuras explorações. Assim como as encruzilhadas que apontam que haverá sempre muitas possibilidades, com caminhosque não se esgotam, ainda há muito a se estudar sobre o tema. Com esta pesquisa foi possível perceber como se dão as relações interpessoais e sociais entorno de combinações simbólicas, que permeiam o universo do carnaval. Vimos que a religiosidade da Escola de Samba Vai-Vai se apoia na memória ancestral de corpos negros, que vivem e revivem experiências de um tempo histórico-social de desigualdades, elaborando formas particulares de resistência, usando rituais religiosos e profanos, que ora se diferenciam, ora se assemelham. Retomamos à Vilhena (2005, p. 59), quando diz que: A linguagem simbólica dá sentido ao que um grupo realiza entorno do que lhe é sagrado, com propriedade de relacionar realidades aparentemente desconexas, reunir o que está disperso, apontar para o que não se vê e organizar o que parece caótico. [...] Como o sagrado, o símbolo é irredutível a uma única e dada significação, comportanto, aceitando e exigindo trabalho constante de interpretação. Um estudo que se propõe abordar a relação entre religiões afro-brasileiras e expressões da cultura afro-brasileira deve se demorar um pouco no exercício de juntar fragmentos de matrizes africanas, que foram espalhados pela dominação do pensamento eurocêntrico, para daí então, perceber que estes fragmentos permanecem conectados, de uma forma ou de outra, porque guardam partes iguais de um todo. São estas partes da história que mostram astentativas constantes de apagamento de africanidades, e o desprezo pela forma de conceber o mundo, onde vida e natureza têm igual valor. Por isso, é possível afirmar que a religiosidade da escola de samba Vai-Vai está para além do resultado estético apresentado nos desfiles carnavalescos. Ao forjar um sistema religioso, que preserva dentro do seu espaço físico altares de santos católicos; assentamentos de orixás, festas afro-religiosas e práticas rituais de candomblé, a escola de samba marca de forma peculiar sua presença num território, que sempre foi de negociações e confrontos. Vimos que resistir pelo sagrado pode ter sidoum caminho para ocupar as ruas. Ali mesmo, no bairro da Bela Vista, em tensões desde a chegada do imigrante italiano, contabiliza-se um jogo de ganhos e perdas. A constituição do popular Bexiga e sua consequente denominação como “bairro afro-italiano” revela uma acomodação nada harmoniosa. Um exemplo, como citado no Capítulo II, foi o desaparecimento da Festa da Santa Cruz e a permanência da Festa de Nossa Senhora Achiropita. Hoje, depois de intensa negociação, vemos a participação da comunidade da escola de samba nas atividades da igreja e o envolvimento do grupo católico nas festas da Vai-Vai. Enquanto a Pastoral Afro é parte da Igreja da Achiropita, o pároco, em plena rua 13 de Maio,reverencia a bandeira – símbolo máximo da escola –, dando às bênçãos à imagem do São Jorge, santo sincretizado com o Ogum, quando este passeia pelas ruas, nos braços dos sambistas. Edimilson de Almeida Pereira (2005, p. 502), em Os tambores estão frios, usando o conceito de continuumcultural, fala que no “campo religioso, através da linguagem simbólica, as divindades negras desafiaram as divindades brancas numa reduplicação, em certa medida, das tensões em curso na sociedade escravista e pós-escravista”. Segundo o autor, houve situações de conflito que historicamente obrigaram os afrodescendentes a desafiarem as forças sociais envolvidas em seu processo de marginalização. A negociação sobre as questões sociais e sobre os elementos simbólicos forjaram outro cenário em que negros e brancos mediram forças. A negociação não representou e nem representa a resolução dos confrontos, mas a mudança na maneira de observá-los. No confronto respondido através do desafio, os contendores procuram manter, deliberadamente, a distância entre si. Isso acontece porque cada um faz de sua diferença a garantia de sua identidade, sem abrir canais para a sua interdependência. (PEREIRA, 2005, 502) Acompanhando o pensamento do autor, entendemos o sentido de pertencimento que os sambistas daVai-Vai transmitem,quando tomam as ruas do Bexiga, interditam oficialmente otrânsito em dias de ensaio e ainda fazem a procissão, gritando a saudação ao orixá guerreiro,“ogunye”, que significa “Ogum vive”. A resposta de Pai Francisco, quando pergunto sobre este sincretismo, mostra que há uma delimitação no espaço e uma posição individual em relação a festa católica, pela forma que acontece o diálogo entre as comunidades: Eu não sou sincrético e ali na Vai-Vai o que predomina é o Candomblé, porque os rituais são ketu-nagô. Os altares estão ali pela vontade do presidente Neguitão.Depois de 10 anos de santo, que eu vi que o santo não tinha nada a ver com o orixá. Não há menosprezo. Vou à igreja e à missa, quando sou convidado e não tenho nenhum problema com isso. A Vai-Vai tem uma grande relação. Todos vão à escola e muita gente da escola participa da igreja. Mas ali é candomblé, não ponho nada de sincretismo quando tô tratando dos orixás. Veja aqui no meu terreiro, tem alguma coisa de sincretismo? Pode olhar, não tem nada! A figura do pai-de-santo tem legitimado as festas religiosas dentro da escola, que acontecem aos moldes de casas de culto de candomblé. Vimos que o sacerdote dispõe de grande respeito e conta com o apoio da comunidade para a realização dos rituais e no cuidado com os orixás. Interessante notar que em todos os sambistas há a noção de que o terreiro de samba, não é um terreiro de candomblé, mas que é lugar possível de todas as manifestações que mantenham ligação com a africanidade, assim como disse Thobias da Vai-Vai: Essa nossa ligação com a religião do candomblé, com os orixás sempre existiu, e existe, na maioria das escolas, porque não dá pra separar. Cada uma faz do seu jeito. Escola de samba é uma tradição de cultura afro. A Vai-Vai sempre preservou isso, somos católicos, do espiritismo, da macumba. É da cultura do negro. Esse pensamento, sobre identidade étnico-cultural, sustenta e permite as práticas rituais dentro da escola. Chama a atenção, a aproximação dos rituais carnavalescos com os ritos realizados em terreiros afro-religiosos. O modelo exemplar dessa relação está no quarto-de-santo ou ilê orixá, pois nada representaria uma aproximação tão direta com as religiões afro-brasileiras do que a manutenção de um cômodo para a guarda de objetos sagrados, sob a responsabilidade de um sacerdote. Embora não tenha sido o objetivo da pesquisa um comparativo direto entre as atividades no terreiro de samba, com o de um terreiro de candomblé, também surpreende a forma como o calendário religioso da escola é seguido nos mesmos moldes. Os rituais sacrificiais ao Exu, antes das festas de carnaval, o preparo da Procissão e Feijoada de Ogum, a Festa de Cosme Damião, servindo o tradicional caruru e os xirês, que por uma razão bem especial ocorrem “sem a presença de Oxalá”. São rituais que extrapolaram os muros dos terreiros sagrados e se acomodam no terreiro de samba. E por fim, perceber que este sistema se apoia na atuação das lideranças, com as quais relacionamos o mito dos orixás irmãos-guerreiros: Exu-Ogum e Oxóssi. Os iorubás acreditam que homens e mulheres descendem dos orixás, não tendo, pois, uma origem única e comum, como no cristianismo. [...] Os orixás alegram-se e sofrem, vencem e perdem, conquistam esão conquistados, amam e odeiam. Os humanos são apenas cópias esmaecidas dos orixás dos quais eles descendem [...] é pelo mito que se interpreta o presente e se prediz o futuro, nesta e na outra vida. (PRANDI, 2001 ,p. 24). O ritmo, o canto e a dança são essenciais para a vitalidade das expressões afro-brasileiras, mantendo escola de samba e Candomblé em permanente diálogo, como se fossem traços de uma encruzilhada. Para finalizar, espero que este estudo seja motivador de outros olhares ese cruze com novas pesquisas no campo das Ciências da Religião e dos estudos sobre a cultura negra no Brasil. Os caminhos estão abertos! Laròyé! Ogùnyê! Modú pé!

domingo, 12 de novembro de 2017

Feijuca do Bem: evento beneficiente para as atividades do CECURE

No dia 18 de novembro, um grupo de artistas se une aos voluntários do CECURE (Centro de Estudos e Pesquisas Aplicadas e Terapias de Cura Espiritual), que funciona na Vila Madalena, para animar a Feijuca do Bem, que tem como objetivo promover um almoço com um cardápio especial preparado pela equipe do chef Toninho, do Buffet Manaus, com renda revertida para as atividades da casa de caridade. Entre as atrações Marina Guanaes, DJ Johnny Disco, Luiziho SP (Na Palma da Mão), Bacalhau (Ultraje a Rigor) e Banda Spoilers, maestro Emilio e Curimba do Templo da Liberdade Tupinambá. Ingressos podem ser adquiridos no local, na data e horário do evento. R$ 80,00 (feijoada completa + couvert artístico), bebidas à parte. Até 7 anos, não paga e de 7 a 12 anos (50%).

Revista Raça Brasil traz Perfil com Claudinha Alexandre

Uma honra ter minha trajetória em destaque na página Perfil da nova edição da Revista Raça Brasil, num texto lindo assinado pela jornalista Chris Molina, contando um pouco do programa Papo de Bamba, um projeto que é uma delícia de fazer, porque me aproxima de gente bamba e amiga. Além disso, a matéria de capa também traz samba, com uma homenagem ao cantor Reinaldo Principe do Pagode, que está
comemorando 30 anos de carreira, com uma entrevista que tive prazer em assinar

Prêmio Asé Isesé um ato contra a intolerância religiosa dia 16 em SP

O Centro Cultural Africano (SP), presidido pelo nigeriano Adekunle Aderonmu, Baba Jimi, promove em São Paulo, no próximo dia 16 de novembro, às 19 horas, mais uma edição do Prêmio Asé Isesé, destacando nomes de personalidades, sacerdotes e sacerdotisas de religiões de matriz africana, para lembrar a importância da luta contra a intolerância religiosa e dos direitos da liberdade dos cultos das religiões afro-brasileiras! Tenho o prazer de ser a mestre cerimônias deste evento, que este ano terá entre as homenageadas a filosofa e escritora Djamila Ribeiro. O evento é aberto ao público e a entrada é franca.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

Para mim não tem comparação. As costelas de porco do menu do Applebee's são imbatíveis. Conheço alguns bons restaurantes no Brasil, adoro nossos temperos, nossa cultura culinária e acho que a proposta de casual dinning, da rede americana, combina com o jeito brasileiro, de ter à disposição uma variedade imensa de composições e pratos. Aliás, tive a oportunidade de experimentar o serviço e o menu Applebee's também em Orlando (EUA) e a qualidade é a mesma! Mas, por aqui a especialidade são as costelas de porco, e quem já experimentou sabe o que eu estou dizendo. Não é um festival, mas é uma campanha, onde você come as suculentas costelas de porco à vontade, tradicional e em novas versões. Passa lá! #partiuapplebees.
Para marcar o Independence Day – Dia da Independência dos Estados Unidos, celebrado em 4 de julho, a Rede Applebee’s Brasil abre a promoção mais esperada pelos clientes fanáticos por baby backribs: o All You Can EatRibs ou AYCER 2017. Ou seja, está aberta a temporada do free refil de ribs, new crispy ribs, new croquet ribs, new crinkle fries, à vontade, um único preço, R$ 89,90. A promoção AYCER 2017 terá novidades saborosas e tentadoras. A costela ganhou nova versão,crispy ribs (costela empanada), e acompanhadas de new croquet ribs e ainda new crinkle fries.É sabor no começo, no meio e sem fim. A campanha, válida de domingo a domingo,é por tempo limitado e a ordem é celebrar comendo ribs à vontade! Double Celebrate: o Happy hour Applebee's oferece dobradinhas Nada combina melhor com este clima, do que um bom encontro no fim de tarde. E se a experiência tem que ser verdadeira, o happy hour tem que ser autêntico. Por isso, o Applebee’s está oferecendo, de segunda a sexta, das 16 às 20 horas (exceto feriados), o Double Celebrate: bebidas especiais, acompanhadas de deliciosos e exclusivos appetizers. Os preços também são uma atração à parte e, enquanto durar a promoção: 50% de desconto (bebidas) ea ppetizers exclusivos com preços especiais. O cliente poderá fazer a combinação que melhor convier. São várias sugestões de drinks: chopp brahma e chopp stella artois, em dois tamanhos (330 ml ou 500 ml), a partir de R$ 4,99; as mais brasileiras receitas do restaurante, destaque para as wines caipirinhas, por R$ 9,45; berry sangria, por R$ 10,45 e a frozen margarita, por R$ 9,45 para compor as “dobradinhas” com appetizers(half) e com coberturas ou molhos especiais, destaque para as novidades, new crispy ribs, por R$ 19,90; new pulled pork ribs sliders, por R$ 17,90; new croquet ribs, por R$ 14,90; new bacon cheddar crinkle fries, por R$ 12,90, e, não poderia ficar de fora as famosas boneless buffalo wings, por 12,90. Sobre o Applebee´s A maior rede de ‘casual dining’ do mundo Uma das maiores redes de restaurantes no Brasil, com oito lojas na Capital e Interior do Estado de São Paulo, o Applebee’s conquistou o mercado ao oferecer aos clientes a melhor experiência de um autêntico grill e bar americano. Uma variedade de sabores e combinações que convidam a uma constante celebração. Aliás, é exatamente com essa ideia que os cardápios são elaborados: There’s Always a resason to celebrate – há sempre um motivo para celebrar! A rede desembarcou no Brasil em 2004, com a proposta de oferecer a verdadeira experiência americana de se alimentar bem em um ambiente aconchegante com serviço alegre e despojado. O cardápio possui um mix de suculentas carnes grelhadas, massas, incríveis saladas, sanduíches monstruosos, finger foods, drinks e sobremesas que fazem a alegria de clientes de todas as idades. Fundada em Atlanta em 1980, a rede foi criada por Bill e T.J. Palmer. A ideia dos dois era oferecer um restaurante com os melhores serviços para seus clientes: boa comida, preço moderado e ótimo atendimento, de acordo com a filosofia “eatin’ good in the neighborhood”, ou seja, “comendo bem perto em casa“. Presente em 18 países, em 4 estados brasileiros. Soma mais de 2 mil lojas pelo mundo. Esses são apenas alguns dos impressionantes números do Applebee’s, a maior rede de casual dining do mundo. Lojas e endereços – São Paulo ü Applebees - Shopping Granja Vianna Shopping Granja Vianna - Rodovia Raposo Tavares, 23500 - Lageadinho, Cotia (11) 4613-6455 Aberto até às 22:00 ü Applebee's – Morumbi Morumbi Shopping - Av. Roque Petroni Júnior, 1089 - Vila Gertrudes, (11) 5181-1565 Aberto até às 23:00 ü Applebee's Brasil - Eldorado Shopping Eldorado - Av. Rebouças, 3970 - Pinheiros (11) 2197-6373 Aberto até às 00:00 ü Applebee's - Itaim Bibi R. Joaquim Floriano, 533 - Itaim Bibi (11) 3071-3439 ü Applebee's – Moema Alameda dos Arapanés, 508 - Moema, São Paulo (11) 5051-1946 Aberto até às 00:00 ü Applebee's - Alphaville Iguatemi Alphaville - Alameda Xingu, 200 - Loja 113 - Alphaville, Barueri (11) 4209-1619 Aberto até às 22:00 ü Applebee`s – Itupeva Outlet Premium - Rodovia dos Bandeirantes, Km 72 (11) 4496-7100/7101 Aberto até às 22:00 ü Applebee`s – Campinas Iguatemi Campinas – Av. Iguatemi, 777 – Vila Brandina (19) 3722-2260 Aberto até às 00:00 Formas de pagamento: Cartões de crédito: American Express, Visa, Alelo, Visa Electron, MasterCard e Dinner’s Club; Vale refeição: Sodexo e Ticket Restaurante; RedeShop; GiftCard rede Applebee´s Serviço Applebee´s www.applebees.com.br Facebook: /APPLEBEESBRASIL Instagram: /APPLEBEESBRASIL Twitter: @APPLEBEESBRASIL Blog: BLOG. APPLEBEESBRASIL.COM.BR Informações à Imprensa Central de Comunicação e Eventos Fone: (11) 3675-2141 central@centraldecomunicacao.com.br Cris Molina – (11) 97970-8822 Claudia Alexandre – (11) 97061-5995

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Feijoada de Ogum da Vai-Vai: Escola de Samba Vai-Vai fará homenagem a Gilberto Gil em 2018

Já é tradição e mais uma vez lá fui eu acompanhar um dos eventos mais importantes para o calendário da Escola de Samba Vai-Vai. Como todos já sabem, a Vai-Vai é uma das agremiações carnavalescas mais religiosas da cidade de São Paulo. No último dia 10 de junho, a comunidade realizou a Procissão e Feijoada de Ogum com muitos convidados, entre eles, representantes de outras escolas e blocos carnavalescos e sacerdotes e sacerdotisas de Umbanda e Candomblé de São Paulo e outras localidades. A Ala das Baianas foi a grande anfitriã, ao lado do presidente Neguitão e do pai de santo (babalorixá) Pai Francisco D'Oxum. Encontrei grandes amigos como Sandrinha da Ala Kambinda, Buiu (Diretor), Fernando Penteado (Diretor), Niltes (Diretora), Caio (Diretoria), Paulinho Valentim (Velha Guarda), Sr. Melo (Ex-presidente), Dona Cecília (Ala das Baianas), Fátima (Diretora), Inácio (Harmonia) e muitos outros...
O assunto é tão interessante que transformei em meu objeto de pesquisa, desde 2012, quando fiz minha pós-graduação em Ciência da Religião na PUC-SP, defendendo "Religiões Afro-Brasileiras e Escolas de Samba de São Paulo - A presença do Candomblé na Escola de Samba Vai". Agora, no mestrado em Ciência da Religião (PUC-SP), que termino em 2017, estendo meu universo de pesquisa e exploro um pouco mais esta relação, como o título: Exu e Ogum no Terreiro de Samba - a Escola de Samba Vai-Vai e o Candomblé". Como é tradição, no final da festa de Ogum, o orixá patrono da escola, ao lado de Exu, o enredo 2018 foi anunciado. O cantor, compositor e ex-ministro da Cultura, Gilberto Gil, será o homenageado pela Saracura do Bixiga!

Dia da África para celebrar com Prêmio África-Brasil

Pelo 12o. Ano consecutivo o Centro Cultural Africano, presidido e idealizado pelo príncipe nigeriano Otunba Adekunle Aderonmu (Jimi) premiou pessoas e projetos de destaque, que envolvam afrodescendentes ou esteja diretamente beneficiando a população negra na diáspora. Foi mais uma noite de elegância e emoção. Eu tive a satisfação de ser novamente envolvida nesta linda festa, como Mestre de Cerimônias. Um convite que já aceite por 6 vezes, desde 2006, quando ao fazer uma entrevista no Centro Cultural Africano (Barra Funda) conheci este trabalho maravilhoso, feito por Jimi e sua grande escudeira, a diretora Ludô. Desta vez, atuei ao lado do meu amigo e diretor/fundador da Tribuna Afro-Brasileira, Cosme Felix.

quarta-feira, 24 de maio de 2017

Em São Paulo o Dia da África, 25 de maio terá entrega do Troféu Africa-Brasil

Pelo 12o. ano consecutivo o Centro Cultural Africano (SP) promoverá no dia 25 de Maio - Dia da África - a entrega do Troféu Africa-Brasil. Presidido pelo nigeriano Otunbá Adekunle Aderonmu, o Centro Cultural Africano tem atuado na integração cultural, social e desenvolvimento econômico com os países de África. Diversas autoridades e celebridades receberão a estatueta Mama África, uma obra de arte em madeira, original da Nigéria. A noite de premiação estã marcada para às 19h30, no Auditório Franco Montoro, na Assembleia Legislativa, no Parque Ibirapuera. Aberto ao público. Será um prazer ser a Mestre de Cerimônias pela quinta vez, desta grande festa. Desta vez ao lado do meu colega, editor do Jornal Tribuna Afro-brasileira, Cosme Felix. A Direção Geral do evento é da Rosangela Ludovico (Ludô) e o Diretor Artístico é o Tom Arruda.

Presidente do STF ministra Carmem Lúcia receberá Comissão dos Terreiros Tombados da Bahia nesta quarta-feira, 24

A presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Carmem Lúcia, receberá em seu gabinete em Brasília, nesta quarta-feira, 24, às 12 horas, sacerdotes e sacerdotisas de Candomblé, que representam os primeiros templos religiosos afro-brasileiros edificados no Brasil, especificamente na Bahia. O grupo, que faz parte do coletivo Terreiros Tombados, será acompanhado pelo jurista Hédio Silva Júnior, advogado constituído para defender os direitos à liberdade de culto das religiões de matriz africana, principalmente na questão do julgamento do Recurso Extraordinário 494.601-7/210, sobre a Lei 11.915/2003 de legalidade da sacralização de animais para fins religiosos, originada no Rio Grande do Sul.
Desta vez, Dr. Hédio, acompanhará a entrega do “parecer doutrinário” sobre abate religioso no Candomblé, subscrito pela Comissão dos Terreiros Tombados, além de entregar um memorial técnico, como contribuição ao julgamento. Em março ele já havia protocolado um parecer jurídico, após ser recebido pelo Ministro e relator do caso, Marco Aurélio Mello. Na ocasião também estiveram representantes de terreiros da região Sul e Sudeste do Brasil. “Trata-se de um segundo mas não menos importante argumento que evidencia a especificidade do tema bem como sua repercussão geral”, disse o advogado. Durante o encontro, o grupo pedirá que na data do julgamento, que ainda não foi marcado, também possa opinar na condição de amicus curiae (amigos da corte, em latim). Segundo o jurista, que neste mês saiu vitorioso do TJSP no julgamento da ação que pedia a proibição de abates religiosos em cultos afros na cidade de Cotia (SP), esta união e representatividade das religiões afro-brasileiras (candomblé, umbanda e demais vertentes) é de suma importância. “Juntas estas casas que integram a Comissão de Terreiros Tombados congregam estimadamente 5 mil templos de candomblé espalhados por vários Estados da Federação”, calculou. Assinam o parecer doutrinário, como parte da comissão: Associação São Jorge do Engenho Velho, Antonio Augusto Souto e Gersonice Ekedy Sinha Azevedo Brandão; Associação de São Jorge Ebé Oxossi, Angela Maria Oliveira da Silva Ferreira; Associação Cultural e Religiosa São Salvador – Ilê Axé Oxumaré, Sivanilton Encarnação da Mata; Associação Beneficente do Terreiro Tumba Junsara, Esmeraldo Emérito de Santana Filho; Sociedade Cruz Santa do Axé Opé Afonjá, José de Ribamar Feitosa Daniel; Associação Ben. Religiosa e Cultural Omo Agbouká, Balbino Daniel de Paula; Associação Beneficente Pena Dourada, Anselmo José da Gama Santos e Coletivo de Entidades Negras da Bahia, Iraildes Andrade Nascimento. “Vale assinalar ainda, que no Brasil não apenas as Religiões Afro-brasileiras como também a comunidade judaica e muçulmana possuem rituais de abate religioso de animais (com finalidade dietética e litúrgica), porquanto trata-se de litígio cujo desfecho extrapola os interesses subjetivos inicialmente delineados, fato este que robustece o atributo de repercussão geral”, disse Dr. Hédio, ao citar termos do memorial técnico. No documento o advogado argumenta que convém consignar igualmente que o reconhecimento da repercussão geral pode assentar-se também tanto em critérios de relevância econômica (CPC art. 1.035, § 1º), como na espécie. “Visto que o abate religioso não só diz respeito à liberdade de culto e de liturgia, mas também tem a ver com a agroindústria, dado que o Oriente Médio e os países muçulmanos formam um importante e cobiçado mercado consumidor de aves e carne bovina produzidas no Brasil, abatidas de acordo com preceitos religiosos”, explicou. Estatísticas recentes indicam que cerca de 30% das exportações de frango e 40% das exportações de carne bovina são destinadas a países muçulmanos. Em 2015 apenas o Egito, país africano de maioria muçulmana comprou 5% do total da carne bovina produzida em nosso país. DR. HÉDIO SILVA JR. é advogado e ativista histórico. Foi secretário da Justiça do Estado de São Paulo e é um dos mais respeitados defensores da cultura e das religiões de matrizes africanas. Em 2016, foi homenageado com o Troféu Asé Isesé (A força dos nossos ancestrais) conferido pelo Centro Cultural Africano à lideranças religiosas e personalidades públicas que se destacam na luta contra a intolerância religiosa.

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Revista Internacional Afribraz entrega à Jornalista Claudia Alexandre prêmio Mulheres em Destaque 2016

Um belíssimo espaço do hotel Tryp Meliá, na região do Itaim Bibi, foi o local escolhido para a festividade promovida pela revista Afribraz que tem como um de seus objetivos empoderar a população negra. Prova disto foi a cerimônia dedicada às mulheres realizada na noite do dia 21 de março. A premiação “Mulheres em Destaque do ano de 2016” reuniu lideranças do movimento negros internacionais e nacionais, além de autoridades e demais convidados que aplaudiram de pé as escolhidas: a psicóloga e ativista social Cida Bento, as jornalistas: Joyce Ribeiro, Alexandra Loras e Claudia Alexandre, a deputada Clélia Gomes e a presidente de Escola de Samba Solange Cruz. O evento ciceroneado pelo assessor de imprensa e produtor de eventos, Carlos Romero, iniciou com uma salva de palmas em homenagem ao Dia Internacional das Mulheres, celebrado no dia 8 deste mês de março. “Hoje é um dia muito importante para mim, para a Afribraz e todos nossos parceiros. Agradeço aos presentes pela presença. Uma noite de comemoração pela sétima edição da revista e em celebração ao Dia Internacional da Mulher. Em 2015 ao identificarmos as similaridades entre brasileiros e africanos empreendemos nesta publicação que aborda entre outros assuntos as relações entre África e Brasil, como: network, eventos econômicos e sociais… nestes dois anos alcançamos uma tiragem de 20 mil revistas com publicação em inglês e português. Agradeço realmente a todos inclusive aos novos parceiros por estas conquistas”, disse o CEO da Afribraz, Innocent Arohlf. As certificações tiveram início com a entrega de dois certificados à jornalista Joyce Ribeiro, pela capa da revista e pelo dia da mulher. “É um prazer estar aqui com pessoas que já conheço há tanto tempo. Fico feliz por reencontrar amigos e amigas, nesta homenagem às mulheres. Acredito que a nossa união, as boas vibrações e a vontade de compartilhar sentimentos é o mais importante. Cada uma em sua área, mas realizando o seu ofício com dignidade e de forma intensa. Estou muito feliz de estar ao lado destas mulheres que me inspiram”, disse Joyce. “Eu agradeço à Afribraz e a todos que tornaram este evento possível. Fico feliz com o espaço que a mídia tem nos dado, onde temos tido mais oportunidade de mostrar nossos talentos. Não dá mais para vermos um comercial de margarina ou mesmo uma empresa, que não contemple a diversidade racial. O Brasil é o segundo país com mais negros depois da Nigéria e fico feliz que estejamos juntos neste objetivo de reorganizar nossa sociedade. Obrigada por me certificarem junto a estas mulheres negras brasileiras”, destacou Alexandra Loras ao receber o certificado das mãos de Carol Silvestre, gerente sênior de Comunicação da Sansung. Mutari Kaita, cônsul da República da Nigéria entregou o terceiro certificado à Deputada Clélia Gomes. “Agradeço a Afribraz pelo convite e pela homenagem. Estou na política há apenas 2 anos. Uma mulher negra, da periferia e mãe de santo. Então vocês imaginam como tem sido difícil. Represento as mulheres negras da prefeitura e busco fazer por elas o que sempre quis que o poder público fizesse por mim. Mulheres que só quem vive na periferia sabe o que sofrem”, afirmou. A multitarefada palestrante e diretora do CEERT (Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades), Cida Bento, destacou o empoderamento feminino. “Parabenizo a revista por esta importante iniciativa. Neste dia muito significativo, Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial. Temos sim que celebrar que o número de negros nas universidades triplicou e esta juventude negra tem pressionado as empresas a se tornarem mais plurais quanto a diversidade, sobretudo referente às mulheres negras. Está mais do que na hora de ocuparmos cada vez mais espaços”, avaliou após receber a homenagem das mãos do presidente da Bayer do Brasil Theo van der Loo. Afim de promover um momento mais intimista durante a cerimônia houve a apresentação de uma atração internacional, a cantora Titi. Na sequência foi revelada uma grande surpresa, o lançamento em primeira mão do African Fashion Week. “Agradeço a presença de todos e todas, à revista Afribraz e a cada cônsul aqui presente pela parceria. O African Fashion Week vai acontecer em maio e precisarei do apoio de vocês para que este projeto dê certo e seja levado adiante”, revelou o responsável pelo evento no Brasil, Júlio. Na retomada da cerimônia a presidente da agremiação Mocidade Alegre recebeu a homenagem do presidente do Centro Cultural Africano. “Para mim é uma honra e só tenho a agradecer à Afribraz. Eu sou nascida e criada num terreiro de escola de samba. Tenho muito orgulho de comandar a Mocidade e como não fazemos nada sozinhos tenho o apoio da comunidade que nos ajuda muito. Uma luta prazerosa, onde vivo, realizo e festejo os sonhos. A vitória vem da luta, a luta vem da força e a força da união”, relembrou Solange a frase antes expressa no samba enredo deste ano da agremiação. A juíza e palestrante Mylene Ramos recebeu o certificado das mãos do CEO da Afribraz. “Eu fiz questão de vir aqui receber o prêmio com a minha revista Afribraz em mãos. Uma revista que aborda negócios internacionais entre Brasil e África. A prova de que estamos vivendo outros tempos. Por vezes, ao ler os jornais penso que retrocedemos, mas quando estamos num grupo de pessoas como este, que se reuniram para celebrar estas mulheres incríveis, percebo que estamos avançando. Com o compromisso de cada um de vocês que está aqui vamos conseguir uma sociedade mais justa e igualitária. Este certificado é de cada um de nós. Todos somos merecedores”, destacou a juíza. A jornalista, radialista, apresentadora e assessora de imprensa, recém nomeada Diretora de Relações com a Imprensa da prefeitura de Guarulhos, Claudia Alexandre falou sobre negritude. “Comemoro a Afribraz, pois apesar de sermos maioria da população são poucos os veículos que tornam a negritude notícia. As mulheres que me antecederam são muito especiais. Importante celebrarmos as mulheres negras e o empoderamento que tem nos permitido ocupar cargos de liderança. Agradeço por ser empoderada nesta noite ao lado destas mulheres que também me inspiram”, concluiu Claudia que recebeu o certificado das mãos do médico nigeriano, Dr. Emmanuel O.T. Oluwatuy. Ao final os presentes desfrutaram de um coquetel e congraçaram o sucesso da iniciativa.