A jornalista Cláudia Alexandre tem uma voz bem conhecida dentro da comunidade negra paulistana. Cláudia foi pioneira ao levar o pagode para as emissoras FMs de São Paulo, onde atuou durante oito anos. Há dois anos atrás, declarou independência e fundou a Central de Comunicação, prestando assessoria de imprensa para pessoas físicas e jurídicas.
Portal Afro – Como surgiu a Central de Comunicação?
Cláudia Alexandre – Na verdade, desde que me formei desejava ser dona de meu próprio negócio. Foram, portanto, 13 anos de ensaios para tornar-me empresária. Trabalhei 2 anos com mídia impressa, 8 em rádio e 1 ano em TV. Juntei toda essa experiência e montei a empresa.
Portal Afro – É muito difícil tocar um negócio sendo mulher e negra?
Cláudia Alexandre – Na verdade ainda é muito mais difícil ser negra que mulher. As barreiras impostas pelo machismo já estão sendo devidamente ultrapassadas. Na hora da competição, a restrição é pela cor. Tenho certeza disso.
Portal Afro – Sua experiência profissional é suficiente para fechar um contrato ou a cor da pele também influencia?
Cláudia Alexandre - De forma alguma a experiência profissional é suficiente. A cor influencia, sim. Ora, um assessor de imprensa cuida da imagem do cliente e de seu produto, opina, representa, enfim, é preciso confiar no profissional. A dúvida vem ao assinar um contrato comigo, pois ele estará entregando seu negócio, produto, evento ou imagem nas mãos de uma profissional que é negra! Já houve casos em que fui contratada com as melhores referências possíveis e ao executar um bom trabalho ser indagada pelo cliente se realmente fui eu que consegui... Acredito que o Ciepeghepe, ao promover a diversidade e nossa inclusão no cadastro de fornecedores de serviços para as grandes empresas, poderá amenizar esse problema no Brasil. Ou, no mínimo, irá constranger os empresários que insistirem em julgar a aparência das pessoas, sem dar chances para avaliar suas capacidades profissionais.
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Jornalista e Radialista; Gestora de Eventos; Doutora-Mestre Ciência da Religião/PUC-SP; Pesquisa Samba e Afro-religião. Diretora de Comunicação do Vôlei Guarulhos. COJIRA-SP e Coletivo Ojú Obinrín. Foi Assessora do Museu Afro-Brasil; União das Escolas de Samba e Fundação Palmares; Foi Gestora de Comunicação-Prefeitura de Guarulhos. Comentou na Globo News Carnaval 19-20. Âncora PAPO DE BAMBA (BR Brazil). Livros: Orixás no Terreiro Sagrado do Samba e Exu-Mulher e o Matriarcado Nagô.
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