Jornalista e Radialista; Gestora de Eventos; Doutora-Mestre Ciência da Religião/PUC-SP; Pesquisa Samba e Afro-religião. Diretora de Comunicação do Vôlei Guarulhos. COJIRA-SP e Coletivo Ojú Obinrín. Foi Assessora do Museu Afro-Brasil; União das Escolas de Samba e Fundação Palmares; Foi Gestora de Comunicação-Prefeitura de Guarulhos. Comentou na Globo News Carnaval 19-20. Âncora PAPO DE BAMBA (BR Brazil). Livros: Orixás no Terreiro Sagrado do Samba e Exu-Mulher e o Matriarcado Nagô.
terça-feira, 4 de maio de 2010
Dia 13 de Maio de 2010: 122 Anos de Abolição da Escravatura no Brasil
Comemorar ou refletir, não importa. Para mim parece óbvio que por um lado sintamos um alívio nesta data, que marcou o fim de um dos mais cruéis períodos da história da humanidade, além de um longo e vergonhoso trajeto da construção da nossa nação brasileira. Afinal, foram 300 anos de escravidão, no país que foi o último a libertar os negros do sistema escravista. Enfim veio a abolição, mas há quem diga, e com razão, que é ela ainda não se concretizou efetivamente. Nem preciso dizer que ao percorrermos os indicadores sociais, ainda vamos deparar com provas concretas de que a situação da população negra ainda é de desigualdade. Ainda não conquistamos os bancos das universidades, apesar do polêmico sistema de cotas, ainda não ganhamos os mesmos salários de não negros e não negras...ainda somos surrados e mortos pela polícia, de preferência se formos homens e jovens. Se mulheres, ainda estamos no final da fila. Mesmo assim, não podemos deixar de reconhecer o avanço, mesmo que sofrido em todos os setores, graças a luta incessante do movimento negro e da sensibilidade de lideranças que entenderam mesmo que com atraso, o benefício social das políticas públicas de ações afirmativas. Comemorar sim, o 13 de maio de 1888, mas não esquecer que desde o dia 14 de maio de 88 ainda não realizamos o sonho da igualdade de oportunidade. Lá se foram 122 anos...
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