quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Museu Afro-Brasileiro da UFBA abre dia 10 de outubro exposição Pau-Ferro: uma poética tridimensional de Sérgio Soarez

Abertura: 10 de outubro às 18h30 Endereço: Terreiro de Jesus – Faculdade de Medicina da Bahia Centro Histórico – Salvador Funcionamento: segunda a sexta, das 9 às 17h Informações: (71) 3283-55 O Museu Afro-Brasileiro da Universidade Federal da Bahia inaugura no dia 10 de outubro, às 18h30, a exposição Pau-Ferro: Uma poética tridimensional do artista Sérgio Soarez, com curadoria de Justino Marinho e Graça Teixeira. São relevos, esculturas e instalações que apresentam explorações estéticas associadas à religiosidade afro-brasileira e ao universo urbano. O ferro e a madeira, garimpados de lugares inusitados, ruas e feiras de antiguidade, ganham nova forma e valorizam o estilo deste representante da nova geração de artistas negros contemporâneos. Nascido em Salvador, Sérgio Soarez, 45 anos, é um dos destaques do livro A Mão Afro-brasileira – Volume 2, organizado pelo também baiano, Emanoel Araujo, diretor do Museu Afro Brasil (SP), que selecionou duas obras de Soarez admirado com as explorações estéticas e bem articuladas que as obras apresentam. Pau-Ferro também é resultado da trajetória pessoal do artista que, ao recorrer à representação religiosa, busca romper com o lugar comum entre o sagrado e o profano. Ogum, o senhor das batalhas, é representado pelos objetos com ferro e Oxóssi, o caçador das matas, pelos objetos com madeira. A junção desses elementos e o uso da técnica da assemblagem, também permite apresentar uma visão contemporânea de outras divindades dos cultos de matriz africana. As obras Para a exposição o artista selecionou 20 obras entre esculturas, instalações, relevos e objetos tridimensionais. Destaque para: • Sete Gotas de Lágrimas no Oceano – uma saudação ao mar. A obra representa o elemento água e o poder de transformação. É a relação da água salgada do mar e a lágrima humana. Dimensão: 90 x 78cm. Técnica assemblagem: madeira cerejeira, detalhes em aço inox e cordão de seda; • Assentamento - Local que guardam os elementos sagrados de cada orixá. Dimensão: 2,28 x 50 x 63cm. Técnica assemblagem: cadeira de madeira, serra de aço oxidada e bilros de madeira. • Há os que trancam as ruas - Obra faz um reverência ao Orixá Exú, o Dono dos 7 caminhos. Dimensão: 37 x 31 x 53 cm. Técnica mista: peça de caminhão de ferro; 7 chaves antigas; três biros de cadeira antiga e um pé de mesa de centro em Ipê; • Ewé - Representação da folha, o elemento vegetal mais importante do Candomblé. Homenagem a Ossain, o orixá das Folhas. Dimensão: 86 x 45 cm. Técnica mista: detalhe de cabeceira de cama Jacarandá e compilação de grades antigas na cor verde, das folhas; • Ofá Real – Ofá significa na língua Yorubá, o arco e flecha, elemento sagrado do Orixá Oxossi, o Deus da caça; Dimensão: 46,5 x 40,5 cm. Técnica mista: arcos de encosto de cadeira em Ipê e detalhes em ferro de portão antigo; • O Cara – Uma releitura da ferramenta que representa Ogum, o Senhor das batalhas. O elemento ferro, domínio deste Orixá. A seta aponta a direção a seguir, para o alto. Dimensão: 46,5 x 40,5 cm. Técnica mista: encosto de cadeira em jacarandá, com ferramentas de ferro antigas; • Oxalá – obra dedicada ao orixá Oxalá, o orixá da Paz, que veste branco. Dimensão: 1,43 x 24 x 24cm. Técnica assemblagem: madeira, campanas de instrumento de sopro e missangas; • Omin - Obra dedica a força das águas doces. Representa a Deusa Oxum, dos rios e das cachoeiras, da riqueza, do ouro e da fertilidade; Dimensão: 42 x 20 x 13 cm. Técnica mista: pequeno pilão de jacarandá, sustentado por uma antiga pinça de ferro e fios de conta de miçangas amarelas; • Iybaine - Obra dedica a pureza e leveza das Iabás, que são as deusas que comandam diversas forças da natureza. Dimensão: 1,25 x 35 x 35 cm. Técnica mista: madeira jacarandá e caçarola de cobre com pequenos cilindros de porcelana branca. Com pássaro de madeira. Forração de tecido africano de algodão e fios de contas de miçangas brancas e vermelhas. O artista Sergio Soarez é artista plástico, designer de joias e produtor cultural. Em 2013 participou da Exposição Coletiva Afro como Ascendência, Arte Como Procedência – SESC Pinheiros – SP; 2012 teve suas obras expostas na Feira Preta – SP com o fotógrafo David Sidnei e 2011 foi convidado da Mostra Afro Brasileira Palmares de Londrina (PR). Foi Coordenador do Departamento de Difusão Cultural – Secretaria Municipal de Cultura de Belo Horizonte - MG; Educador da FUNDAC, em Salvador (BA) e Coordenador-Instrutor da Oficina de Papel Artesanal do Projeto Axé – Salvador (BA) .

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