domingo, 6 de julho de 2025

Curitiba: 34o. Encontro Anual Compós 2025, na UFPR terá conferência da jornalista Claudia Alexandre

A jornalista Claudia Alexandre é a convidada 2025 para a Conferência de Abertura, intitulada “Do Compromisso ao Desmonte: o enfraquecimento das políticas de diversidade no Brasil e os impactos nas mídias”. Paulistana e mãe da Rubiah, Claudia Alexandre é jornalista e comunicadora de Rádio e TV. Graduada em Comunicação Social, mestre e doutora em Ciência da Religião (PUC-SP), hoje está no pós-doutorado em Antropologia Social (USP). Pesquisa representações e comportamentos em expressões culturais e religiosidades afro-brasileiras e também é especialista em sambas e escolas de samba, com foco em raça e gênero. Claudia é autora dos livros "Orixás no Terreiro Sagrado do Samba", e "Exu-Mulher e o Matriarcado Nagô", obra vencedora do Prêmio Jabuti Acadêmico 2024. Foi Assessora Especial da Fundação Cultural Palmares, Assessora de Comunicação da União das Escolas de Samba Paulistanas (UESP), Assessora de Comunicação do Museu Afro Brasil (SP), e Diretora e Gestora de Politicas Públicas em Comunicação da Prefeitura da Cidade de Guarulhos (SP). Hoje, Claudia é integrante da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-SP), dos Coletivos Acadêmicas dos Sambas e Feminismos de Terreiro, Diretora de Comunicação do Vedacit Vôlei Guarulhos e Presidente do Conselho Diretor do Instituto Família Barrichello. A Conferência de Abertura do 34° Encontro Anual da Compós acontecerá no dia 10 de junho, às 18h30, no Teatro da Reitoria da Universidade Federal do Paraná. Você não pode perder! 💛 #Compós #PósGraduação #Comunicação #EnsinoSuperior #VemPraCompós #ConheçaCompós #34Compós #Compós2025

quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Milton Cunha e Célia Domingues inauguram a galeria de "notórios eternos" em noite de samba e animação no Rio de Janeiro

Confesso que foi uma surpresa ter recebido a notícia de que meu nome estava entre os notáveis escolhidos pelo carnavalesco e multiartista, Milton Cunha e pela professora Célia Domingues, para integrar a galeria de "sambistas imortais" da recém-inaugurada Academia Brasiileira de Artes Carnavalescas. A ABAC passa a funcionar no Rio de Janeiro, na Travessa do Oratório, aos moldes da Academia de Letras, que eterniza persolidades de notório saber e produção intelectual, com contribuição máxima para a nossa sociedade. Além da emoção e da honra é realmente indescritível receber uma ligação do admirado Milton Cunha te agradecendo pelo que você representa. Foi com esse misto de emoção e ansiedade que estive na última terça-feira, dia 1 de outubro, na festa de inauguração da sede da ABAC e fui recepcionada pela alegria e o abraço do presidente e criador desta maravvilha de iniciativa, ao lado da vice-presidente, a Célia Domingues.
Estive acompanhada da minha filha Rubiah e da minha amiga carioca Adelaide Brasil. Lá encontrei sambistas que admirava à distância e que hoje se juntam, por força da ABAC na mesma história que ajudamos a construir, mesmo sem nos encontrarmos antes como Paulinho Mocidade, Carlinhos de Jesus, Aydano André, Kellymar Jesus Ferreira, Sol Montes, Orádia Porciúncula e a maravilhosa carnavalesca Maria Augusta. Honra maior foi abraçar os paulistas Odirley Isidoro e Solange Cruz, presidente da Mocidade Alegre, que estão nessa galeria, assim como meu querido Fernando Penteado, Embaixador do Samba Paulistano, compositor e um dos antigos componentes da Velha Guarda da Vai-Vai, que não esteve na festa mais foi festejado, inclusive com o samba-enredo Simplesmente Elis, do inesquecível carnaval de 2015.
A decoração da nova sede da ABAC é inspirada na montagem de um grande espetáculo carnavalesco, com cores, brilho e até fantasias. Nas paredes, transformada em galeria para os ilustres homenageados, foram fizadas mais de 100 fotos emolduradas de paetês. O salão, onde se formou a roda de samba, possui um pequeno palco e dá acesso para uma área onde estão expostas fantasias e uma bancada com máquinas de costuras e tecidos, representando os grandes artífices do carnaval e também as alas que compõem uma escola de samba. O legado da carnavalesca Rosa Magalhães, que morreu aos 77 anos em julho, logicamente foi celebrado. Ela é uma das imortais do samba reverenciada pela instituição.
Se hoje sou uma "notória eterna" da ABAC - Associação Brasileira de Artes Carnavalescas tenho muito a agradecer aos meus mestres e mestras, mas primeiramente aos meus pais Olivia Alexandre e Luiz Alexandre que desde a infância rechearam minha imaginação com sambas e sambas-enredos, permeados com a fé nos orixás e na força dos nossos ancestrais. Da sala onde tocava na vitrola todos os lançamentos de sambas e sambas-enredos, dos quintais onde sambávamos os finais de semana foram traçados meu caminnho na Comunicação Social, no Jornalismo e no Radio e TV, que teve as portas abertas pelo meu saudoso mestre, Evaristo Carvalho (1932-2014), o grande comandante da Rede Nacional do Samba (Radio Gazeta AM-105FM). Meu primeiro chefe no radio e a quem eu devo ter conhecido os grandes bambas e ter ingressado na profissão de radialista, pelo carnaval das escolas de samba, que é a minha grande paixão! Paixão que eu levei para a universidade, onde defendi na especialização e no mestrado em Ciência da Religião (PUC-SP), que escolas de samba e religiões afro-brasileira, mantém de forma indissociável dinâmicas que atestam as heranças negro-africanas por meio das redes de sociabilidade e solidariedade que continuam pulsando no carnaval brasileiro. Este tema é também explorado no meu livro Orixás no Terreiro Sagrado do Samba - Exu e Ogum no Candomblé da Vai-Vai, onde também presto reverências à história da Escola de Samba Vai-Vai, uma das mais antigas e negras agremiações carnavalescas da cidade de São Paulo, que nasceu no negro bairro do Bixiga, guardando memórias do antigo Quilombo do Saracura. Memórias ameçadas com a demolição da sede da escola em 2021, para a construção da linha 6 Laranja, do metrô de São Paulo, um dos projetos mais absurdos de violência ao patrimônio cultural afro-brasileiro da maior metrópole do Brasil. Enfim, me sinto ainda mais atrelada a história do carnaval brasileiro, hoje como membra da Academia Brasileira de Artes Carnavalescas. Obrigada Milton Cunha e Celia Domingues, por me proporcionarem essa alegria em vida! Axé

quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Sambista Imortal: Claudia Alexandre agora é "notória eterna" da Academia Brasileira de Artes Carnavalescas criada por Milton Cunha

“Nossa nova integrante é uma ponte entre o samba e as religiões afro-brasileiras, a grande Cláudia Alexandre”. É o que diz a Academia Brasileira de Artes Carnavalescas (Abac), criada pelo carnavalesco Milton Cunha, em seu perfil oficial no Instagram.
A homenageada é a jornalista, escritora e pesquisadora Cláudia Alexandre, que se destaca por seus estudos sobre a relação entre o samba e as religiões afro-brasileiras. Com formação em Comunicação Social e doutorado em Ciência da Religião, a pesquisadora também escreveu a obra “Exu-Mulher e o Matriarcado Nagô”, que aponta a persistente demonização e masculinização do orixá Exu como um marco da crescente de intolerância às tradições das religiosidades afro-brasileiras. Integrante do carnaval paulistano, Cláudia Alexandre analisa a presença de elementos religiosos nas letras, nos ritos e nos símbolos das escolas de samba, com o intuito de revelar a importância das divindades africanas e dos orixás na construção da identidade do samba. “É com muita honra que recebo a nomeação de sambista imortal da Academia Brasileira de Artes Carnavalescas, criada pelo multi-carnavalesco Milton Cunha. Espero corresponder a esse reconhecimento e me uno aos outros ‘imortais paulistas’. Nosso Carnaval 2025 já será muito especial”, diz Cláudia.